O Benfica não conseguiu ultrapassar o Rio Ave em Vila do Conde, entregando de bandeja o título ao FC Porto. Com uma exibição muito fraca, mais com o coração do que com a cabeça, os comandados de Jesus entraram em campo praticamente "derrotados", muito nervosos, cedendo perante um conjunto extremamente bem organizado.
O primeiro lance de perigo da partida foi da autoria de Bruno César, que rematou de fora da área para defesa de Huanderson. Na resposta, o Rio Ave inaugurou o marcador - Atsu aproveitou a passividade de Luisão e Artur e encostou para a baliza. O Benfica reagiu (mais com o coração do que com a cabeça, diga-se), Cardozo desperdiçou várias oportunidades para empatar e pelo meio houve algumas tentativas disparatadas de fora da área. Entretanto, os vilacondenses iam procurando explorar a velocidade de Atsu e Yazalde para criar perigo. Num lance de bola parada, Nolito aproveitou uma bola perdida e fez a igualdade, para pouco depois, Cardozo, de grande penalidade, consumar a reviravolta e igualar Lima no topo da lista dos melhores marcadores.
Logo a abrir a etapa complementar, o Rio Ave chegou à igualdade. Yazalde correspondeu de cabeça a um cruzamento de Kelvin. A equipa da casa manteve-se por cima durante mais alguns minutos, com o brasileiro emprestado pelo Porto em bom plano. Capdevilla evitou um golo em cima da linha, Tarantini falhou ao segundo poste na sequência de um canto, mas o conjunto de Carlos Brito não conseguiu chegar à vantagem. A resposta do Benfica fez-se tardar, num remate de Maxi de pé esquerdo, ao lado. De seguida, Saviola obrigou Huanderson a aplicar-se. A turma de Jesus lutou até final, mas não conseguiu levar a decisão do título para a próxima jornada. Acima de tudo, o Benfica entrou em campo com pouca motivação, sabendo que era praticamente impossível conquistar o título. Quanto ao Rio Ave, fez um excelente jogo, merecendo totalmente pontuar contra as águias. Em termos individuais, Atsu foi o melhor em campo (um golo e várias iniciativas excelentes pelo corredor esquerdo), Yazalde e Kelvin (que técnica estonteante) criaram grandes dificuldades à defesa encarnada, com os médios Tarantini e Vítor Gomes a superiorizarem-se ao meio campo do Benfica. Huanderson também esteve excelente quando foi chamado a intervir. Do lado encarnado, Luisão acabou por ser o mais esclarecido (com vários cortes importantes na primeira parte) de uma equipa apática, onde Artur teve culpas no primeiro golo e no segundo podia ter feito melhor, Maxi deu muito espaço no seu corredor, Witsel e Aimar estiveram muito apagados, Cardozo apesar de ter voltado aos golos não foi feliz e Nolito, embora tenha marcado, ficou a ideia durante este campeonato que a sua produção triplica quando actua no Estádio da Luz. Destaques?