O FC Porto anunciou, em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a venda da totalidade do passe de Fredy Guarín ao Inter Milão, por onze milhões de euros. Considerando que os azuis e brancos tinham emprestado o médio por 1,5 milhões perfaz um total de 12,5 milhões de euros. VM - Três análises distintas a este negócio. 1ª- A capacidade do Porto em vender jogadores acima dos 12 milhões de euros (algo que tem acontecido sempre nos últimos anos e que acaba por ter um impacto decisivo na capacidade dos azuis e brancos em superar a concorrência interna na altura das aquisições; 2ª - Um bom negócio, considerando que o colombiano tinha manifestado a sua falta de vontade em regressar ao Dragão (a que se pode juntar o bom encaixe e a venda a um clube de Top); 3ª - Na nossa opinião (sempre referimos isso) Guarín era o melhor médio do Porto (em termos de qualidade, esta época fez muita falta ao elenco azul e branco a capacidade física e goleador do colombiano, e mesmo pelos números que apresentava, a época passada foi o 2º melhor marcador portista na Liga Europa), o mais cotado em termos de mercado (há um ano era fortemente pretendido), e se não tivesse passado por um processo de desmotivação/desvalorização (algo que raramente acontece no Porto, pois Pinto da Costa acerta quase sempre no timing das vendas) teria saído do Dragão por uma verba superior (certamente por mais de 16 milhões). Bom negócio? Até que ponto o meio campo do Porto sentiu a falta de Guarín esta temporada (praticamente só jogou contra o Benfica na 1ª volta e foi de longe o melhor em campo)?
Hugo Vieira (6.º) - Não apresentou em termos estatísticos (6 golos e 2 assistências) números impressionantes, mas foi um dos principais responsáveis pelo campeonato tranquilo que o Gil Vicente protagonizou. As suas acções individuais, a agressividade que deu à frente de ataque, e os seus desequilíbrios foram fundamentais para o excelente percurso do conjunto gilista, ao 9º lugar na Liga somou a final da Taça da Liga (para uma equipa que chegou da II Liga e que pouco investiu é notável). Rápido, combativo, e tecnicamente evoluído, Hugo Vieira deu sequência ao que já tinha demonstrado na Liga Orangina, foi uma das boas surpresas (ainda para mais numa Liga cada vez com menos portugueses) da temporada, e demonstrou argumentos para ser uma mais-valia numa equipa com outras ambições. Por onde passa o futuro do jovem extremo/avançado português (neste momento é um jogador livre)?