De um lado, uma equipa recheada de juventude com uma vontade enorme de se assumir como a grande potência para os próximos anos. Do outro, a voz da experiência na busca de mais um título para a sua dinastia. Comum a Thunder e Spurs está o domínio avassalador que ambas as equipas demonstraram ao longo dos playoffs até agora - basta ver que San Antonio soma por vitórias todos os jogos realizados enquanto que Oklahoma City tem apenas uma derrota, consentida frente aos Lakers. Frente a frente vão estar as duas equipas mais completas mas, mais especificamente, os dois melhores PG's da actualidade: Tony Parker tem feito uma época de luxo e é, provavelmente, o maior culpado deste grande momento de forma dos Spurs (já levam 18 vitórias consecutivas), enquanto que Russell Westbrook está plenamente assumido com um jogador determinante na estratégia dos Thunder, ao lado, sendo preponderante pela sua velocidade, como foi visível na série frente aos Lakers. Aqui, reside um dos confrontos-chave para a definição do finalista no lado Oeste, pois será também no trabalho defensivo de cada um que o sucesso das suas equipas vai passar. Também é impossível não referir Kevin Durant, o melhor marcador da liga, que vai precisar de estar na sua melhor forma, se quiser jogar as finais da NBA pela primeira vez na sua carreira. Pela frente, terá Kawhi Leonard, o rookie muito disciplinado dos Spurs, que vai ter muito trabalho perante o versátil Durant, naquela que será a disputa onde os Thunder têm mais vantagem. A área onde os texanos investiram muito e onde têm feito mossa, tanto contra os Jazz como contra os Clippers, é quando chega a hora de os suplentes entrarem em jogo. Com uma equipa muito profunda onde se destaca, imediatamente, Manu Ginobili, que salta habitualmente do banco, os Spurs ganham vantagem perante segundas unidades mais fracas e menos capazes dos seus adversários. No entanto, vão ter pela frente o melhor suplente do ano, James Harden, que vai garantir intensidade durante todos os momentos do jogo mesmo quando Duncan, Durant e companhia estiverem fora da partida. Será um confronto equilibradíssimo, decidido nos mais ínfimos pormenores e que promete muito espectáculo e intensidade, entre as equipas de Gregg Popovich e Scott Brooks. Por isso mesmo, qualquer previsão é muito complicada mas, na nossa opinião, este é o ano dos Oklahoma City Thunder e vão derrotar os Spurs, ao fim de sete fantásticos jogos, com basquetebol espectacular, que vai agarrar os espectadores às televisões. O vencedor desta eliminatória vai ser o vencedor da NBA? Quem vai ser o principal elemento desequilibrador? Tony Parker vai levar a melhor sobre Russell Westbrook? Qual é que é a grande chave desta série?
PS - Refira-se também a eliminação dos Los Angeles Lakers ontem, frente aos Thunder. A equipa de Los Angeles mostrou-se completamente dependente de Kobe e são muitas as questões que se colocam neste momento. Pau Gasol está na porta de saída, com a crescente contestação das suas prestações a juntar à maneira como foi humilhado pelos Lakers no princípio da época, enquanto Metta World Peace, Mike Brown, e até Andrew Bynum, também são nomes muito falados quanto a uma possível saída de Los Angeles. O que é certo é que está a chegar um tempo de remodelação, numa equipa com Kobe Bryant a fazer os últimos lançamentos da sua carreira e sem nenhum sucessor definido para o franchise da família Buss. Que análise faz do futuro dos Lakers? Que trocas deverá o franchise de LA efectuar? É possível que no final de 2013 os Lakers aplicam a amnesty clause para garantirem Howard e CP3 (jogadores que vão estar livres no final da próxima época)?
P. Pinto