É já este Sábado que começa a edição anual do Estoril Open, o maior torneio de ténis disputado em Portugal. E a verdade é que o ténis tem sido um dos desportos com maior desenvolvimento em Portugal nos últimos anos. Basta ver que, por esta altura, há 5 anos, o melhor classificado na hierarquia mundial era Frederico Gil, na altura o 142º do ranking ATP. A seguir estava Gonçalo Nicau no lugar 627, e só esse dado já mostra a evolução enorme que o ténis português sofreu. Rui Machado nem sequer estava no ranking por causa da sua lesão, João Sousa também não, enquanto Gastão Elias e Pedro Sousa estavam fora do top-700. Na actualização de ontem, só o facto de existirem 15 portugueses classificados dá para ver o investimento e crescimento que se tem verificado por parte dos tenistas nacionais. E enquanto, em Abril de 2007 havia um português no top-600, hoje há 5 no top-250, sendo de ressalvar o facto de João Sousa (140º), Gastão Elias (205º) e Pedro Sousa (245º) estarem em plena ascensão nas suas carreiras.
Há 5 anos seria impensável ter tido um português na final do Estoril Open ou nos quartos-de-final de um torneio ATP Masters 1000, como aconteceu com Frederico Gil em Monte-Carlo no ano passado. Seria impensável ver três portugueses com entrada no quadro principal de um torneio de categoria 500 e com possibilidades de avançar na competição, como se verifica esta semana em Barcelona. É notório que o ténis português passou a ser muito mais do que jogadores que participam em futures ou challengers, e que tinham no Jamor a oportunidade anual de brilhar, onde se superavam com a ajuda do público português. Para além dos experientes Frederico Gil e Rui Machado, e dos jovens que agora se afirmam, como João Sousa, Gastão Elias e Pedro Sousa, há ainda um grande talento que está a despontar e que está a criar grandes expectativas no panorama nacional: Frederico Silva. O jovem jogador é já o 12º do ranking mundial de juniores e no Estoril Open vamos poder vê-lo em acção no quadro de qualificação. Este ano vamos ter pelo menos 4 portugueses no quadro principal, a contar com Frederico Gil, Rui Machado já confirmados, e com os convites mais que prováveis para Gastão Elias e João Sousa. Resta confirmar esta informação e esperar por mais novidades, mas esta será uma edição promissora do Estoril Open, tal como a geração tenística actual o é. Como se explica esta ascensão do ténis nacional? A curto-prazo conseguiremos ter um tenista no Top-50? E no que diz respeito ao Estoril Open, qual o principal favorito no quadro masculino?
P. Pinto