Um verdadeiro vencedor que começou a revolucionar o futebol alemão. A sua predilecção pelo futebol de ataque e a forma como consegue fazer aparecer jovens de grande valor na equipa principal alemã têm-no destacado de outros seleccionadores. Mesmo sem ter conseguido conquistar um grande título (muito por causa de Espanha) até ao momento, Joachim Low mostrou desde os tempos em que foi o assistente de Jurgen Klinsmann na selecção alemã que era um génio táctico e com muita apetência para o futebol ofensivo. Aliás, essa é mesmo uma das características mais marcantes de Low - a forma como consegue potenciar um rendimento ofensivo notável dos alemães. Tal pode verificar-se pelos resultados iniciais do técnico de 52 anos no comando da Alemanha: onze vitórias, um empate e uma derrota com 41 golos marcados e apenas 6 sofridos. Mal começou a orientar a sua selecção, Low incutiu uma filosofia vencedora e muito atacante, conseguindo tornar a Mannschaft numa das equipas mais temidas do mundo. No Euro 2008 apenas foi travado por Espanha na final e conclui a qualificação para o Mundial de 2010 de forma imaculada, sem conhecer o sabor da derrota. Embora tenha voltado a ser travado pelos espanhóis, Low mostrou uma nova faceta ao apresentar a segunda equipa mais jovem do Campeonato do Mundo, facto que demonstra a qualidade técnica do treinador alemão. Como se o que já tinha feito não bastasse, o técnico demonstrou, mais uma vez, o poderio com que a Alemanha se vai apresentar no Euro 2012 - conseguiu o impressionante registo de dez vitórias em dez jogos disputados, concluindo assim a sua segunda fase de qualificação consecutiva sem qualquer derrota. Recorde-se que a Alemanha, com quem não nos damos nada bem, será uma das equipas no grupo de Portugal, tal como Holanda e Dinamarca. Será no Euro 2012 que o alemão vai conquistar o seu primeiro grande título? Substituto ideal para Mourinho no Real Madrid como se tem falado? É justo afirmar que a dimensão internacional actual de jogadores como Ozil, Khedira, Podolski, Boateng, Kroos, entre tantos outros, se deve em grande parte ao seleccionador alemão (eram elementos que por exemplo no caso de Podolski nem no seu clube se destacavam e na selecção potenciaram claramente o seu futebol).
P. Pinto