FC Porto: O grande derrotado da 22ª jornada da Liga Zon-Sagres

Pese embora a vitória injusta do Benfica frente ao Paços de Ferreira e os triunfos "tremidos" de Braga e Marítimo, dos 5 da frente o único clube a perder pontos na jornada 22 foi o FC Porto. Empate frente à Académica no Dragão que não só relança a luta pelo título como volta a colocar Vítor Pereira no centro de toda a contestação por parte dos adeptos portistas. Mas será o técnico azul e branco o responsável pelo empate do Porto? Na nossa opinião este ir do 80 (jogo contra ao Benfica onde já era apelidado de mestre da táctica) ao 8 não faz sentido, no entanto, este encontro entre o líder do campeonato e a Briosa denotou mais uma vez alguns dos problemas deste Porto:

- Vítor Pereira mesmo quando coloca aquele que é na teoria o melhor 11 dos azuis e brancos, e faz alterações no sentido de ainda dar mais dinâmica ofensiva ao conjunto portista, como aconteceu no último sábado, é constantemente pressionado.

- James Rodríguez quando é titular raramente apresentou um bom rendimento esta época. A explicação parece óbvia, por norma o colombiano quando está no 11 inicial é colocado na esquerda e quando entra no decorrer da partida, fruto das condicionantes do jogo, tem mais liberdade para jogar no meio (posição onde rende mais).  

- Janko como o VM referiu quando foi contratado, mesmo considerando que com a sua altura vai fazer vários golos na nossa Liga, é um avançado sem qualidade para ser titular numa equipa como o Porto (ainda para mais quando no passado recente os azuis e brancos tiveram dianteiros da qualidade de Falcao e Lisandro). O austríaco é lento, tem pouca técnica e em termos de movimentações é inclusive inferior a Kléber.

- Alvaro e Rolando estiveram particularmente mal no último jogo. O uruguaio está a realizar uma época muito intermitente e em muitos jogos a qualidade técnica de Alex Sandro iria beneficiar mais o futebol dos azuis e brancos; já o central depois de ter sido competente a época passada esta temporada tem somado muitos erros e nesta fase é claramente a 4ª melhor opção para o centro da defesa portista.

- Moutinho e Lucho são os principais responsáveis pelas recorrentes fracas primeiras partes do Porto. Principalmente em casa, nos últimos jogos iniciaram a partida lentos, não conseguiram incutir uma dinâmica ofensiva e isso reflectiu-se no jogo portista. Na adversidade, ou seja, quando o conjunto azul e branco está a perder ou empatado, o português devido a ser um jogador limitado não consegue acrescentar nada em termos de visão de jogo e transporte de bola, já o argentino apesar da sua classe, visão de jogo e qualidade ao nível do passe não consegue desequilibrar individualmente na zona central. Aliás o único jogador com essa valia no Porto é precisamente James, e em muitos jogos, principalmente quando Hulk é anulado, faz falta aos portistas um elemento mais forte na zona central, com capacidade ao nível do transporte de bola, melhor tecnicamente no 1 contra 1, e capaz de criar desequilíbrios no meio, esse jogador era Belluschi, na ausência do argentino terá de ser El Bandido na posição de Moutinho a ocupar esse lugar.

Que balanço faz da jornada 22? Será Vítor Pereira o principal responsável pelo empate do Porto? Até quando James irá actuar num dos extremos? E na próxima partida dos azuis e brancos que jogadores irão substituir Hulk e Fernando? Terá este empate frente à Académica custado o título aos portistas?

Scott Brooks é o melhor treinador da NBA até ao momento

O All-Star Weekend, marcou a divisão entre a primeira metade da temporada e a segunda, pelo que o VM decidiu nomear o Rookie do Ano, sexto melhor jogador, defesa do ano, MIP (Most Improved Player), melhor treinador, MVP (Most Valuable Player) e o cinco ideal da NBA até ao momento.

Na opinião do VM, o melhor treinador da NBA até à data é Scott Brooks. O comandante da jovem equipa dos Oklahoma City Thunder tem feito um excelente trabalho com o bom leque de jogadores à sua disposição. Depois de uma presença na final da Conferência Oeste na temporada passada, lidera este ano, a mesma super competitiva conferência com um registo de 32 vitórias e 9 derrotas, facto que lhe permitiu também ser seleccionado como o treinador da equipa do Oeste no passado All-Star Game. Com algum vantagem em relação aos San Antonio Spurs, os Thunder estão em disputa com Bulls e Heat, pela liderança da tabela geral da liga. À boa classificação aliam também um basquetebol que é agradável para qualquer fã da equipa, e mesmo da própria liga. A completar o top-5 encontram-se Tom Thibodeau, Doug Collins, Gregg Popovich e Lionel Hollins. O treinador dos Chicago Bulls, é o timoneiro da equipa com o melhor registo da NBA até ao momento, que apesar de algumas lesões de elementos importantes, não tem visto o seu rendimento ser muito afectado. Collins e Popovich merecem também notas de destaque. O primeiro, treinador dos Sixers, pegou numa equipa jovem e transformou-a num dos conjuntos mais interessantes da liga. Ocupam o quarto lugar da Conferência Este, são uma das equipas que melhor defende, sendo que também já alcançaram vitórias por valores não esperados face a rivais directos (recentemente venceram Boston por 103-71, por exemplo). Por outro lado, o treinador de descendência sérvia, está a realizar mais uma grande época no comando dos "velhinhos" Spurs (2º lugar no Oeste). Hollins, depois de uma grande campanha nos playoffs no ano transacto, sem a sua principal estrela (Rudy Gay), consegue actualmente colocar os Grizzlies no 5º lugar do Oeste, numa época, onde ainda praticamente não contaram com outro dos seus principais jogadores, Zach Randolph. Qual o seu top-5? Na sua opinião, algum destes treinadores irá alcançar o tão desejado anel de campeão?

A. Carvalho

Académica empata no Dragão; FC Porto iguala a partida com um penalti já nos descontos e continua isolado na liderança

FC Porto 1-1 Académica (Hulk 90´+2 g.p.; Edinho 39´)

O FC Porto não fez melhor que um empate na recepção à Académica e viu a vantagem de três pontos fugir na frente do campeonato. Os dragões já desperdiçaram a margem de erro que tinham (pelo menos para o Sp. Braga) e ficam à espera de o que o Benfica possa fazer amanhã em Paços de Ferreira. O FC Porto apenas conseguiu marcar à Briosa da marca de grande penalidade, depois de uma primeira parte muito má e uma segunda mais pressionante.


Durante os primeiros 45 minutos assistiu-se a um jogo bastante lento por parte do FC Porto, perante uma Académica intransponível na defesa e sempre à procura de um contra-ataque. O primeiro lance de perigo foi mesmo para a Briosa, depois de uma boa arrancada de Saulo (rematou ao lado). Os dragões nunca conseguiram colocar em causa a baliza de Peiser, enquanto que Janko foi o primeiro a rematar para o FC Porto (39´), mas sem perigo. No lance seguinte, surgiu o golo da Académica. Novamente com Saulo em destaque, a cruzar para Edinho cabecear sem oposição para a baliza de Helton. O FC Porto tentou chegar ao empate de imediato, mas Hulk, isolado por James, tentou a assistência para Janko em vez do remate certeiro.

No segundo tempo, o FC Porto esteve mais perto da baliza de Peiser, com destaque para os desequilíbrios criados por Hulk. O brasileiro testou a sua pontaria de livre e, logo de seguida, conduziu a melhor ocasião de perigo dos dragões em todo o jogo. Cedric, num primeiro momento, e Nivaldo, num segundo momento, evitaram o golo do FC Porto. Os dragões atacavam apenas pelo flanco direito, com Hulk novamente a cruzar para um desvio de Diogo Melo (quase que marcava auto-golo). A partir dos 60 minutos, Vítor Pereira arriscou tudo para chegar ao empate, ao jogar apenas com Álvaro Pereira, Maicon e Djalma na defesa e com Janko e Kleber no ataque. João Moutinho rematou à trave, na sequência de um livre, enquanto que James ficou perto do golo, num remate à entrada da área. A Académica tentava responder em contra-ataque, contudo, sem grande qualidade nas transições. Os dragões pressionaram até final, chegando ao golo do empate após uma grande penalidade de Habib (o central da Académica saltou de braços abertos e a bola embateu na sua mão). Hulk, desta vez, não falhou e ofereceu um ponto ao FC Porto.

Destaques:

FC Porto - À semelhança do que aconteceu frente à U. Leiria e Feirense, os dragões voltaram a entrar na partida num ritmo bastante lento e que claramente favorece o adversário (para além de ter sido um ritmo lento, os dragões remataram poucas vezes à baliza de Peiser). Depois de oferecer 45 minutos de avanço à Académica (e um golo, ao contrário das duas partidas anteriores em casa), os dragões tiveram que correr atrás do prejuízo e foram felizes apenas aos 90 minutos. Dois pontos perdidos em casa, algo anormal para o FC Porto, ainda por cima, depois de vir da injecção de moral com a vitória no Estádio da Luz.

Académica - Depois do empate frente ao Benfica, a Briosa voltou a travar um grande, desta vez em pleno Estádio do Dragão. Uma partida bastante inteligente por parte da equipa de Pedro Emanuel, que soube explorar a maior lentidão do meio campo dos dragões. Com Hulk e James bem guardados durante os primeiros 45 minutos, a Académica conseguiu partir com perigo para o ataque, sempre com muitos elementos. Peiser esteve bastante seguro entre os postes, mas o destaque vai para a grande exibição de Habib, que ficou manchada com o lance da grande penalidade (fora isso, foi um gigante na defesa), Reiner Ferreira foi um bom complemento de Habib, enquanto que Adrien Silva e Diogo Melo estiveram tacticamente irrepreensíveis. Cédric e Edinho (100% eficaz) também se exibiram em bom nível.

Rolando - O defesa central português fez uma péssima exibição, com destaque para o golo sofrido pelos dragões (deixou Edinho cabecear à vontade). Para além disso, perdeu o duelo nas alturas com Edinho e ainda reagiu mal à sua substituição (não cumprimentou Kleber que ia entrar e estava visivelmente irritado no banco de suplentes). Para o VM, Otamendi e Maicon deveriam formar a dupla de centrais dos dragões, pois apresentam maior qualidade.

Hulk - O jogador do FC Porto mais inconformado na partida. O brasileiro andou escondido nos primeiros 45 minutos, contudo, parte do perigo causado pelo FC Porto no segundo tempo deveu-se a desequilíbrios causados por si. Testou o remate, colocou Nivaldo em situações de limite e ainda fez cruzamentos perigosos para área. No último minuto, teve a frieza para bater Peiser na marca dos 11 metros.

James Rodríguez - Depois das excelentes partidas vindo do banco de suplentes, Vítor Pereira concedeu-lhe a titularidade, contudo, o colombiano raramente apareceu para desequilibrar. Na primeira parte apenas realizou uma assistência para Hulk (o brasileiro ficou isolado), enquanto que no segundo tentou o remate por duas ocasiões. Esteve longe do melhor.

Janko - O austríaco foi completamente anulado por Habib e Reiner.

Lucho/Moutinho - Uma primeira parte desastrosa ao nível do passe e circulação de bola e uma segunda parte com maior transpiração do que qualidade técnica. Hoje os dragões poderão ter-se sentido das ausências dos seus dois médios mais criativos e com obrigação de fazer o transporte de bola.

Álvaro Pereira - No primeiro tempo raramente subiu no terreno (quando o fez, não levou perigo para a Acdémica) e no segundo, com a entrada de Kleber e Djalma, ficou apenas entregue a tarefas defensivas.

Leonardo Jardim merece a distinção de melhor treinador da Liga Zon-Sagres na presente época?

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