Portugal 1-3 Turquia (Nani 57´; Bulut 35´e 52´e Pepe 88´ a.g.)
Portugal perdeu no último jogo antes da partida para a Polónia, frente a uma Turquia que soube explorar os erros defensivos da selecção nacional. Depois de uma entrada forte, com atitude, pressão alta e algumas oportunidades de golo, foi mesmo a Turquia a chegar aos golos. Nani ainda reduziu, C. Ronaldo falhou uma grande penalidade e nos últimos momentos, Pepe fez auto-golo em novo erro defensivo. Aconteceu hoje o que não pode ter lugar no Euro: erros defensivos grosseiros e tremenda ineficácia na hora do remate.
Portugal começou em grande estilo, no Estádio da Luz, com uma pressão alta que assustou os turcos (muitas perdas de bola e passes falhados). A selecção nacional esteve com uma excelente atitude durante os primeiros 20 minutos e criou oportunidades para inaugurar o marcador. Hugo Almeida cabeceou por cima logo aos 30 segundos e Demirel defendeu uma bomba de Ronaldo, antes de Burak Yilmaz falhar isolado perante Rui Patrício. Raul Meireles e João Moutinho apareceram diversas vezes em zona de remate, mas não tiveram pontaria, enquanto que Hugo Almeida desvio para a barra um cabeceamento de Pepe. A resposta da Turquia surgiu logo a seguir, com Altintop a rematar ao poste (remate potente) e com Bulut a inaugurar o marcador. O avançado do Toulouse aproveitou uma falha monumental de toda a defensiva de Portugal para fazer o 0-1. A primeira parte não terminou sem Portugal desperdiçar mais três ocasiões de golo. Hugo Almeida, isolado, preferiu assistir Coentrão (que estava um pouco atrasado) do que rematar; Ronaldo, depois de um nó incrível sobre Altintop, rematou para a linha lateral; e, o mesmo jogador, depois de passe de Moutinho, falhou isolado (Demirel defendeu para canto).
A segunda parte começou praticamente com o 0-2, novamente por Bulut. Miguel Veloso fez um passe "à queima" para Bruno Alves, que perdeu a bola para o avançado do Toulouse. Bulut não foi de medidas e aplicou um forte remate para a baliza de Rui Patrício. Portugal reagiu de imediato e Nani rematou certeiro após assistência de Ronaldo, numa boa jogada colectiva. O público voltou a animar-se e Portugal poderia ter chegado ao 2-2, após Miguel Lopes ter conquistado uma grande penalidade. Ronaldo rematou fraco e permitiu a defesa de Demirel. Até final, a selecção nacional deu tudo por tudo para chegar ao empate, contudo, foi mesmo a Turquia a chegar ao 3º golo. Nova falha colectiva da defesa portuguesa, Ricardo Costa a cortar contra o corpo de Pepe e a bola a seguir o caminho da baliza de Eduardo.
Destaques:
Paulo Bento - Prometeu uma boa exibição e cumpriu. Portugal protagonizou uma partida positiva, pressionou alto, teve dinâmica e criou várias oportunidades de golo. O resultado engana e o seleccionador não pode ser responsabilizado pelos erros infantis de jogadores que actuam nas melhores equipas do Mundo, e por a selecção nacional não ter um avançado melhor (isso é um problema das equipas e da nossa formação). Falta igualmente um médio com mais qualidade que Moutinho, que assuma o jogo e acrescente criatividade, posse de bola e construção, mas as opções são poucas. Em suma, um teste quanto a nós positivo pela garra e atitude apresentada, e onde PB pecou apenas nas substituições (percebemos a intenção de dar minutos a jogadores menos utilizados como Custódio, Eduardo e R. Costa, mas o jogo pedia Postiga e Quaresma, até para se treinar mecanismos em situações onde estamos em desvantagem no marcador).
Custódio/Miguel Lopes - Duas estreias pela selecção. O médio entrou numa fase onde a sua presença pouco se fez notar (devido às condicionantes do jogo). Já o lateral foi do 8 ao 80. Na 1ª parte cometeu vários erros em termos técnicos (talvez por algum nervosismo), mas no 2º tempo foi um dos melhores elementos da selecção (esteve bem melhor que Coentrão na esquerda). Deu profundidade, linhas de passe, apresentou um bom envolvimento ofensivo e ganhou o penalti.
Bruno Alves/Veloso - O central voltou a fazer um mau jogo. Está displicente na abordagem aos lances e isso depois reflecte-se nas oportunidades dos adversários, hoje os 2 primeiros golos da Turquia tiveram a participação do jogador do Zenit; O médio não foi igualmente feliz (curiosamente são 2 jogadores que este ano nem sempre foram titulares). Juntou à falta de concentração (esteve mal no 2º golo turco) uma actividade nula ao nível da 1ª fase de construção (o aspecto onde é mais forte).
Nani - Melhor exibição de Portugal (aliás nos últimos 2 anos o extremo do Man Utd foi o melhor elemento da selecção em 90% dos encontros que disputamos). Um excelente golo, criou desequilíbrios, foi sempre dos mais esclarecidos e a lamentar apenas a sua saída por lesão.
Patrício/Coentrão - Podem dar muito mais. Participaram na trapalhada que foi o 1º golo turco (o guardião deixou a bola passar, o esquerdino deixou-se antecipar) e foram algo irregulares nas suas posições. RP podia ter feito mais no 2º golo, já FB deu pouca profundidade na 2ª parte e definiu quase sempre mal os lances em termos ofensivos.
Ronaldo - Faltou o golo (falhou o penalti e outra boa situação quando seguia isolado), mas no geral foi uma excelente exibição de CR7. Deu-se ao jogo, procurou assistir os seus companheiros (Almeida e Meireles não deram continuidade às suas jogadas), rematou, assistiu Nani e acabou por dar boas indicações (principalmente em termos de atitude) para o Euro 2012.
Hugo Almeida - Bem servido por Nani e Ronaldo, nunca deu sequência a essas situações e falhou 3/4 oportunidades claras de golo. É o avançado português que fisicamente mais incomoda as defensivas contrárias, mas em termos de técnica e eficácia não é claramente a melhor opção.
Turquia - Os turcos entraram mal na partida, mas foram crescendo com o passar dos minutos. Demirel esteve bem entre postes (mas falhou completamente nas saídas a cruzamentos), ao contrário dos seus colegas da defesa, que cometeram bastantes falhas. Emre e Topal deram equilíbrio ao meio campo, enquanto que Bulut foi o jogador mais perigoso do ataque (Yilmaz apenas apareceu por uma vez) e marcou por duas ocasiões. Uma selecção que deixou algo a desejar na construção de jogo (podem fazer bem melhor), mas que soube aproveitar as falhas da defensiva portuguesa.
A segunda parte começou praticamente com o 0-2, novamente por Bulut. Miguel Veloso fez um passe "à queima" para Bruno Alves, que perdeu a bola para o avançado do Toulouse. Bulut não foi de medidas e aplicou um forte remate para a baliza de Rui Patrício. Portugal reagiu de imediato e Nani rematou certeiro após assistência de Ronaldo, numa boa jogada colectiva. O público voltou a animar-se e Portugal poderia ter chegado ao 2-2, após Miguel Lopes ter conquistado uma grande penalidade. Ronaldo rematou fraco e permitiu a defesa de Demirel. Até final, a selecção nacional deu tudo por tudo para chegar ao empate, contudo, foi mesmo a Turquia a chegar ao 3º golo. Nova falha colectiva da defesa portuguesa, Ricardo Costa a cortar contra o corpo de Pepe e a bola a seguir o caminho da baliza de Eduardo.
Destaques:
Paulo Bento - Prometeu uma boa exibição e cumpriu. Portugal protagonizou uma partida positiva, pressionou alto, teve dinâmica e criou várias oportunidades de golo. O resultado engana e o seleccionador não pode ser responsabilizado pelos erros infantis de jogadores que actuam nas melhores equipas do Mundo, e por a selecção nacional não ter um avançado melhor (isso é um problema das equipas e da nossa formação). Falta igualmente um médio com mais qualidade que Moutinho, que assuma o jogo e acrescente criatividade, posse de bola e construção, mas as opções são poucas. Em suma, um teste quanto a nós positivo pela garra e atitude apresentada, e onde PB pecou apenas nas substituições (percebemos a intenção de dar minutos a jogadores menos utilizados como Custódio, Eduardo e R. Costa, mas o jogo pedia Postiga e Quaresma, até para se treinar mecanismos em situações onde estamos em desvantagem no marcador).
Custódio/Miguel Lopes - Duas estreias pela selecção. O médio entrou numa fase onde a sua presença pouco se fez notar (devido às condicionantes do jogo). Já o lateral foi do 8 ao 80. Na 1ª parte cometeu vários erros em termos técnicos (talvez por algum nervosismo), mas no 2º tempo foi um dos melhores elementos da selecção (esteve bem melhor que Coentrão na esquerda). Deu profundidade, linhas de passe, apresentou um bom envolvimento ofensivo e ganhou o penalti.
Bruno Alves/Veloso - O central voltou a fazer um mau jogo. Está displicente na abordagem aos lances e isso depois reflecte-se nas oportunidades dos adversários, hoje os 2 primeiros golos da Turquia tiveram a participação do jogador do Zenit; O médio não foi igualmente feliz (curiosamente são 2 jogadores que este ano nem sempre foram titulares). Juntou à falta de concentração (esteve mal no 2º golo turco) uma actividade nula ao nível da 1ª fase de construção (o aspecto onde é mais forte).
Nani - Melhor exibição de Portugal (aliás nos últimos 2 anos o extremo do Man Utd foi o melhor elemento da selecção em 90% dos encontros que disputamos). Um excelente golo, criou desequilíbrios, foi sempre dos mais esclarecidos e a lamentar apenas a sua saída por lesão.
Patrício/Coentrão - Podem dar muito mais. Participaram na trapalhada que foi o 1º golo turco (o guardião deixou a bola passar, o esquerdino deixou-se antecipar) e foram algo irregulares nas suas posições. RP podia ter feito mais no 2º golo, já FB deu pouca profundidade na 2ª parte e definiu quase sempre mal os lances em termos ofensivos.
Ronaldo - Faltou o golo (falhou o penalti e outra boa situação quando seguia isolado), mas no geral foi uma excelente exibição de CR7. Deu-se ao jogo, procurou assistir os seus companheiros (Almeida e Meireles não deram continuidade às suas jogadas), rematou, assistiu Nani e acabou por dar boas indicações (principalmente em termos de atitude) para o Euro 2012.
Hugo Almeida - Bem servido por Nani e Ronaldo, nunca deu sequência a essas situações e falhou 3/4 oportunidades claras de golo. É o avançado português que fisicamente mais incomoda as defensivas contrárias, mas em termos de técnica e eficácia não é claramente a melhor opção.
Turquia - Os turcos entraram mal na partida, mas foram crescendo com o passar dos minutos. Demirel esteve bem entre postes (mas falhou completamente nas saídas a cruzamentos), ao contrário dos seus colegas da defesa, que cometeram bastantes falhas. Emre e Topal deram equilíbrio ao meio campo, enquanto que Bulut foi o jogador mais perigoso do ataque (Yilmaz apenas apareceu por uma vez) e marcou por duas ocasiões. Uma selecção que deixou algo a desejar na construção de jogo (podem fazer bem melhor), mas que soube aproveitar as falhas da defensiva portuguesa.