Metalist 1-1 Sporting (Cristaldo 57´; Ricky Van Wolfswinkel 44´)
Os leões sofreram até final em Kharkiv, mas garantiram uma saborosa qualificação para as meias finais da Liga Europa (será a 5ª presença do Sporting nesta fase da provas europeias). Pela frente, nos dias 19 e 26 de Abril, estará o Athletic Bilbao de Bielsa, sendo os leões a única equipa portuguesa no meio de 3 emblemas espanhóis (o inverso da temporada passada). Van Wolfswinkel deu confiança aos leões, com um golo antes do intervalo, André Martins segurou o meio campo leonino e Rui Patrício brilhou na 2ª parte ao defender uma grande penalidade.
Quanto à partida, os leões entraram algo nervosos e bastante contidos, perante um Metalist com maior posse de bola e mais iniciativa ofensiva. O relvado não ajudou a ambos os conjuntos (será que no Euro 2012 irá manter-se assim?), com o Sporting a revelar naturais dificuldades, devido ao menor tempo de adaptação (muitos passes falhados e alguns domínios de bola deficientes). O primeiro sinal de perigo foi dado por Cristaldo, que escapou à marcação de Xandão e cabeceou ligeiramente por cima da baliza de Rui Patrício. À passagem dos 20 minutos, os leões já tinham mais bola e saíam para o ataque, com João Pereira a ter no seu pé direito uma excelente ocasião de visar a baliza do Metalist (o remate saiu fraco). Na resposta, Cleiton Xavier, quase sem angulo, rematou para boa intervenção de Rui Patrício e Taison, numa grande arrancada, surgiu na cara do guarda-redes português, que voltou a negar o golo aos ucranianos. Mesmo em cima do intervalo, Capel foge para o meio com a bola, cruza de pé direito e Van Wolfswinkel cabeceia sem hipóteses para o guarda-redes ucraniano (excelente desmarcação). Estava feito o 0-1, que dava maior confiança aos leões.
O segundo tempo começou praticamente com uma grande oportunidade de golo para o Metalist, numa grande desatenção da defensiva leonina. Os centrais do Sporting esqueceram-se de Cristaldo e o argentino surgiu isolado perante Rui Patrício, contudo, Polga chegou a tempo e fez o corte na altura exacta. Os leões responderam com um livre cobrado de forma quase exemplar por Matias (a bola saiu perto do poste da baliza ucraniana). Contudo, no minuto seguinte, o Metalist chegou mesmo ao golo, por intermédio de Cristaldo. Nova desatenção da dupla de centrais, que permitiram que Devic fizesse a assistência de cabeça para o remate final do avançado argentino. Pouco tempo depois, Insua derruba Devic na grande área e Cleiton Xavier teve no seu pé direito a oportunidade de igualar a eliminatória. Mas na baliza leonina estava Rui Patrício, que defendeu com os pés o remate do brasileiro, naquele que foi o momento do jogo. Os leões ganharam confiança, enquanto que o Metalist tentou de tudo para voltar a marcar, mas sem criar mais perigo para a baliza de Rui Patrício.
Destaques:
Sá Pinto - Notável. Se o Sporting pela 5ª vez na sua história está numas meias-finais de uma competição europeia muito se deve ao seu treinador. Os leões hoje não fizeram um grande jogo (contra o City foi mais notório o dedo de Sá Pinto), é certo. Mas o técnico leonino demonstrou inteligência ao colocar André Martins no 11 (mais rápido e com outra capacidade para fazer as compensações), e mesmo com todas as condicionantes que limitam o Sporting (hoje apresentava no banco soluções como Neto, André Santos e Evaldo) conseguiu segurar o maior poder financeiro do Metalist.
Rui Patrício - À semelhança do que tem acontecido esta época, foi mais uma vez o herói do Sporting. Uma exibição monumental do guardião leonino, onde não só defendeu uma grande penalidade como somou várias defesas de grande nível (principalmente uma intervenção quando Taison se isolou). Nesta fase já passou há muito o rótulo de guardião que dá pontos para um patamar entre os 20 melhores do Mundo na sua posição.
André Martins - Decisivo nas compensações que fez (principalmente no lado direito), o único a segurar a intensidade de Taison (com a entrada de Renato Neto para a posição de trinco as diferenças foram evidentes e o craque do Metalist dispôs de outro espaço), e excelente no transporte de bola (parecia o jogador mais experiente em campo, tal foi a tranquilidade que demonstrou na posse de bola e transições).
Sporting - Uma eliminatória muito complicada para a turma leonina, arrancada a ferros, depois de uma exibição sofrida na Ucrânia. Sá Pinto acabou por surpreender e colocar André Martins no lugar do Carriço, uma aposta que acabaria por trazer algumas dificuldades no corredor central (sem um trinco de origem, a dupla no eixo defensivo sofreu bastante para travar as iniciativas dos homens do Metalist). O emblema verde e branco optou por um bloco baixo, dando a iniciativa aos ucranianos, mas a verdade é que no primeiro tempo não conseguiu sair em contra ataque de forma organizada (à excepção do lance do golo). Na segunda parte, com o golo do empate, Sá Pinto reforçou o meio campo com Neto e André Santos, o Sporting foi salvo por Patrício, sabendo conter o forcing final do Metalist (diga-se que não tiveram muitas oportunidades nesta fase) e carimbar o apuramento para a fase seguinte. Segue-se o Athletic Bilbao na 5ª meia-final do Sporting nesta fase das competições europeias. Os bascos liderados pelo excelente técnico Bielsa são favoritos, apresentam (depois do Barça) o melhor futebol da actualidade, mas o clube leonino já provou contra o City que pode superar qualquer adversário.
Metalist - Acabou por ter as mesmas dificuldades que o Sporting ao nível do passe e decisão (devido ao estado do relvado), mas provou mais uma vez (o VM avisou logo no dia do sorteio) que é um conjunto perigoso, rápido e tecnicamente muito evoluído. Taison fez uma exibição monstruosa (esteve praticamente em todo o lado, e conseguiu sempre criar desequilíbrios); Cristaldo marcou e com a sua velocidade fugiu várias vezes aos centrais leoninos; Villagra deu profundidade e criou desequilíbrios; Devic entrou e foi decisivo ao fazer a assistência para o único golo dos ucranianos. É claramente uma equipa para ter em conta nos próximos anos em termos de competições europeias.
João Pereira/Xandão - Somaram vários erros ao longo da partida. O lateral decidiu mal quando subiu e deu demasiado espaço no seu flanco em termos defensivos; enquanto que o central pareceu sempre nervoso e foi batido por diversas vezes.
Capel/Izmailov - Duas exibições fracas em termos ofensivos e defensivos. O espanhol apesar da assistência, na 1ª parte escondeu-se do jogo e na 2ª demonstrou algum individualismo, denotando a sua já conhecida falta de visão de jogo (por 3 vezes podia ter isolado os seus companheiros mas decidiu sempre mal); Já o russo apoiou menos em termos defensivos do que é habitual e ao nível da construção somou vários passes errados.
Wolfswinkel/Polga - O holandês acabou por ser decisivo ao fazer o 1-0 e juntou à sua exibição um espírito de sacrifício notável (correu km para tentar fechar espaços, impedir a saída de bola e pressionar); por sua vez o central (mesmo com culpas no golo do Metalist, demorou a subir para deixar Cristaldo em fora de jogo) foi de longe o melhor defesa do Sporting. Vários cortes de bom nível, boa leitura de jogo e acerto na antecipação.
Liga Europa - Hannover 1-2 Atl. Madrid (Diouf 81´; Adrien Lopez 63´e Falcao 87´); Ath. Bilbao 2-2 Schalke 04 (Ibai Gomez 40´e Susaeta 55´; Huntelaar 29´e Raul 52´); Valencia 4-0 AZ Alkmaar (Rami 15´e 17´, Jordi Alba 56´e Pablo Hernandez 81´). VM - As três equipas espanholas fizeram o pleno nos quartos-de-final e, tal como Portugal no ano passado, vão estar em superioridade nas meias finais da Liga Europa. A juntar à presença do Barcelona e Real Madrid nas meias finais da Liga dos Campeões, em Espanha já se pensa em duas finais europeias totalmente espanholas.
Quanto à partida, os leões entraram algo nervosos e bastante contidos, perante um Metalist com maior posse de bola e mais iniciativa ofensiva. O relvado não ajudou a ambos os conjuntos (será que no Euro 2012 irá manter-se assim?), com o Sporting a revelar naturais dificuldades, devido ao menor tempo de adaptação (muitos passes falhados e alguns domínios de bola deficientes). O primeiro sinal de perigo foi dado por Cristaldo, que escapou à marcação de Xandão e cabeceou ligeiramente por cima da baliza de Rui Patrício. À passagem dos 20 minutos, os leões já tinham mais bola e saíam para o ataque, com João Pereira a ter no seu pé direito uma excelente ocasião de visar a baliza do Metalist (o remate saiu fraco). Na resposta, Cleiton Xavier, quase sem angulo, rematou para boa intervenção de Rui Patrício e Taison, numa grande arrancada, surgiu na cara do guarda-redes português, que voltou a negar o golo aos ucranianos. Mesmo em cima do intervalo, Capel foge para o meio com a bola, cruza de pé direito e Van Wolfswinkel cabeceia sem hipóteses para o guarda-redes ucraniano (excelente desmarcação). Estava feito o 0-1, que dava maior confiança aos leões.
O segundo tempo começou praticamente com uma grande oportunidade de golo para o Metalist, numa grande desatenção da defensiva leonina. Os centrais do Sporting esqueceram-se de Cristaldo e o argentino surgiu isolado perante Rui Patrício, contudo, Polga chegou a tempo e fez o corte na altura exacta. Os leões responderam com um livre cobrado de forma quase exemplar por Matias (a bola saiu perto do poste da baliza ucraniana). Contudo, no minuto seguinte, o Metalist chegou mesmo ao golo, por intermédio de Cristaldo. Nova desatenção da dupla de centrais, que permitiram que Devic fizesse a assistência de cabeça para o remate final do avançado argentino. Pouco tempo depois, Insua derruba Devic na grande área e Cleiton Xavier teve no seu pé direito a oportunidade de igualar a eliminatória. Mas na baliza leonina estava Rui Patrício, que defendeu com os pés o remate do brasileiro, naquele que foi o momento do jogo. Os leões ganharam confiança, enquanto que o Metalist tentou de tudo para voltar a marcar, mas sem criar mais perigo para a baliza de Rui Patrício.
Destaques:
Sá Pinto - Notável. Se o Sporting pela 5ª vez na sua história está numas meias-finais de uma competição europeia muito se deve ao seu treinador. Os leões hoje não fizeram um grande jogo (contra o City foi mais notório o dedo de Sá Pinto), é certo. Mas o técnico leonino demonstrou inteligência ao colocar André Martins no 11 (mais rápido e com outra capacidade para fazer as compensações), e mesmo com todas as condicionantes que limitam o Sporting (hoje apresentava no banco soluções como Neto, André Santos e Evaldo) conseguiu segurar o maior poder financeiro do Metalist.
Rui Patrício - À semelhança do que tem acontecido esta época, foi mais uma vez o herói do Sporting. Uma exibição monumental do guardião leonino, onde não só defendeu uma grande penalidade como somou várias defesas de grande nível (principalmente uma intervenção quando Taison se isolou). Nesta fase já passou há muito o rótulo de guardião que dá pontos para um patamar entre os 20 melhores do Mundo na sua posição.
André Martins - Decisivo nas compensações que fez (principalmente no lado direito), o único a segurar a intensidade de Taison (com a entrada de Renato Neto para a posição de trinco as diferenças foram evidentes e o craque do Metalist dispôs de outro espaço), e excelente no transporte de bola (parecia o jogador mais experiente em campo, tal foi a tranquilidade que demonstrou na posse de bola e transições).
Sporting - Uma eliminatória muito complicada para a turma leonina, arrancada a ferros, depois de uma exibição sofrida na Ucrânia. Sá Pinto acabou por surpreender e colocar André Martins no lugar do Carriço, uma aposta que acabaria por trazer algumas dificuldades no corredor central (sem um trinco de origem, a dupla no eixo defensivo sofreu bastante para travar as iniciativas dos homens do Metalist). O emblema verde e branco optou por um bloco baixo, dando a iniciativa aos ucranianos, mas a verdade é que no primeiro tempo não conseguiu sair em contra ataque de forma organizada (à excepção do lance do golo). Na segunda parte, com o golo do empate, Sá Pinto reforçou o meio campo com Neto e André Santos, o Sporting foi salvo por Patrício, sabendo conter o forcing final do Metalist (diga-se que não tiveram muitas oportunidades nesta fase) e carimbar o apuramento para a fase seguinte. Segue-se o Athletic Bilbao na 5ª meia-final do Sporting nesta fase das competições europeias. Os bascos liderados pelo excelente técnico Bielsa são favoritos, apresentam (depois do Barça) o melhor futebol da actualidade, mas o clube leonino já provou contra o City que pode superar qualquer adversário.
Metalist - Acabou por ter as mesmas dificuldades que o Sporting ao nível do passe e decisão (devido ao estado do relvado), mas provou mais uma vez (o VM avisou logo no dia do sorteio) que é um conjunto perigoso, rápido e tecnicamente muito evoluído. Taison fez uma exibição monstruosa (esteve praticamente em todo o lado, e conseguiu sempre criar desequilíbrios); Cristaldo marcou e com a sua velocidade fugiu várias vezes aos centrais leoninos; Villagra deu profundidade e criou desequilíbrios; Devic entrou e foi decisivo ao fazer a assistência para o único golo dos ucranianos. É claramente uma equipa para ter em conta nos próximos anos em termos de competições europeias.
João Pereira/Xandão - Somaram vários erros ao longo da partida. O lateral decidiu mal quando subiu e deu demasiado espaço no seu flanco em termos defensivos; enquanto que o central pareceu sempre nervoso e foi batido por diversas vezes.
Capel/Izmailov - Duas exibições fracas em termos ofensivos e defensivos. O espanhol apesar da assistência, na 1ª parte escondeu-se do jogo e na 2ª demonstrou algum individualismo, denotando a sua já conhecida falta de visão de jogo (por 3 vezes podia ter isolado os seus companheiros mas decidiu sempre mal); Já o russo apoiou menos em termos defensivos do que é habitual e ao nível da construção somou vários passes errados.
Wolfswinkel/Polga - O holandês acabou por ser decisivo ao fazer o 1-0 e juntou à sua exibição um espírito de sacrifício notável (correu km para tentar fechar espaços, impedir a saída de bola e pressionar); por sua vez o central (mesmo com culpas no golo do Metalist, demorou a subir para deixar Cristaldo em fora de jogo) foi de longe o melhor defesa do Sporting. Vários cortes de bom nível, boa leitura de jogo e acerto na antecipação.
Liga Europa - Hannover 1-2 Atl. Madrid (Diouf 81´; Adrien Lopez 63´e Falcao 87´); Ath. Bilbao 2-2 Schalke 04 (Ibai Gomez 40´e Susaeta 55´; Huntelaar 29´e Raul 52´); Valencia 4-0 AZ Alkmaar (Rami 15´e 17´, Jordi Alba 56´e Pablo Hernandez 81´). VM - As três equipas espanholas fizeram o pleno nos quartos-de-final e, tal como Portugal no ano passado, vão estar em superioridade nas meias finais da Liga Europa. A juntar à presença do Barcelona e Real Madrid nas meias finais da Liga dos Campeões, em Espanha já se pensa em duas finais europeias totalmente espanholas.
