Chelsea 2-1 Benfica (Lampard 21´g.p. e Raúl Meireles 90´+2; Javi Garcia 85´)
O Benfica foi eliminado em Londres, após uma partida disputada e decidida apenas nos últimos minutos. Os encarnados perderam uma oportunidade histórica de chegar às meias finais da Liga dos Campeões (será difícil de repetir no contexto actual do futebol com o monopólio dos super-orçamentos), pois nunca foram inferiores ao Chelsea, nos 180 minutos da eliminatória. Inclusive hoje, a jogar com 10 durante 50´, nunca se sentiram pressionado pelos londrinos (os Blues são uma equipa de qualidade, até podem bater o Barcelona, mas o nível futebolístico que apresentam é muito pobre e claramente não justificaram a passagem às meias-finais). As exibições de Emerson (a central), Matic, Capdevila e a entrada positiva de Yannick Djaló (podia ter sido o herói das águias não fosse Cech e o individualismo de Nelson Oliveira), foram os principais destaques do Benfica em Londres.
Tal como na partida da Luz, os encarnados entraram à procura do golo que igualava a eliminatória, contudo, sem grandes espaços na área londrina. O Benfica tinha mais posse de bola, estava sobre o meio campo do Chelsea, enquanto que os londrinos procuravam as transições rápidas. Aos 20´, numa investida de Ashley Cole pelo ataque, fez com que Javi Garcia travasse o inglês dentro da grande área. Lampard não desperdiçou e colocou os Blues em vantagem. Logo de seguida, Gaitán teve nos pés uma excelente oportunidade de golo (após erro de David Luiz), mas perdeu tempo de remate/passe (Cardozo estava ao lado, completamente sozinho) e permitiu a intervenção de Ivanovic. Aos 30´ foi John Terry a salvar o Chelsea, após um livre. Cardozo apareceu sozinho na área, rematou, mas o capitão dos londrinos tirou a bola sobre a linha de golo. Depois seguiu-se a expulsão de Maxi Pereira, com o Benfica a ter uma tarefa ainda mais complicada (jogar 50 minutos com menos 1 jogador e ter de marcar 2 golos).
No início do segundo tempo, coube ao Benfica as duas primeiras ocasiões de golo, com Petr Cech a defender com classe um remate de Cardozo e Aimar a rematar à malha lateral. Contudo, na resposta, Ramires podia ter "matado" a eliminatória, após jogada de Kalou (o brasileiro falhou quase em cima da linha de golo). O Chelsea esteve melhor nesta fase, com Torres e Mata com excelentes oportunidades de chegar ao 2º golo para os Blues. Aos 60 minutos, Jorge Jesus colocou Yannick Djaló e Nelson Oliveira, com os encarnados a ganharem novo fulgor ofensivo. O extremo português esteve mesmo em destaque, com 3 excelentes ocasiões para fazer golo, entre duas boas outras chances para o Chelsea (Kalou e Mata). Aos 85´, Javi Garcia aproveitou a passividade de Petr Cech e cabeceou na pequena área para o golo encarnado e, pouco tempo depois, Nélson Oliveira teve nos pés a ocasião de ouro para dar a volta à eliminatória. O avançado português, bem servido por Aimar, optou por um remate disparatado, quando tinha Djaló completamente sozinho no centro da área. Num último "forcing" do Benfica, Aimar cobrou um livre, contudo, a bola chegou aos pés de Raul Meireles, que correu todo o meio campo encarnado e rematou forte para o 2º golo do Chelsea.
Destaques:
Jorge Jesus - Mesmo com as ausências conseguiu montar uma equipa competitiva (Javi e Emerson foram inclusive superiores à dupla de centrais composta por Luisão e Jardel na 1ª mão), depois com a expulsão de Maxi teve o mérito de ter sempre um conjunto equilibrado, acertou igualmente nas substituições, mas hoje o Benfica (apresentou no conjunto das duas mãos um nível futebolístico muito superior aos londrinos) acabou por não ser feliz.
Capdevila - "Secou" por completo Ramires, aliás o Chelsea durante os 90 minutos não fez nenhum ataque pelo seu lado direito.
Chelsea - No futebol nem sempre os melhores vencem, e essa ideia nesta eliminatória ficou mais uma vez comprovada. Os Blues, como referimos anteriormente, apresentam vários jogadores de Top, até podem eliminar o Barça, pois aí as características da eliminatória serão outras, mas neste momento o jogo que apresentam é um autêntico "atentado ao futebol". Pouca velocidade, pouca intensidade, zero de criatividade, e zero em termos de vontade. Lampard é uma nulidade (já o é há ano e meio), hoje Mata, Ramires e Torres pouco acrescentaram e valeu ao conjunto londrino a super-exibição de Petr Cech.
Matic - A melhor exibição desde que está no Benfica. Bem a ocupar os espaços (e jogou praticamente 50 minutos sozinho, já que Aimar estava mais adiantado e Witsel tinha descaído para o lugar de Maxi), forte na recuperação e certo na saída de bola.
Emerson - Uma partida sem um único a erro. A jogar a central do lado esquerdo esteve irrepreensível e ainda tirou um golo a Fernando Torres.
Javi Garcia - Esteve mal no lance do penalti, sentiu algumas dificuldades a defender (naturais pois Kalou depois de Cech foi dos melhores do Chelsea e atacou preferencialmente pelo lado esquerdo ou seja explorando o centro-direita dos encarnados), mas na 2ª parte marcou o golo (na altura o 1-1) e foi uma espécie de voz de comando dos encarnados a empurrar as águias para a frente.
Cardozo/Witsel - O paraguaio à semelhança do jogo da 1ª mão voltou a não ser feliz. Conseguiu ganhar espaço para rematar, voltou a ver um jogador a tirar-lhe um golo que parecia certo (desta vez foi Terry), mas nunca conseguiu juntar o seu nome aos marcadores; por sua vez o belga foi o "sacrificado". Com a expulsão de Maxi passou a jogar a lateral e sentiu muitas dificuldades em soltar o seu futebol.
Y. Djaló - Entrou bem na partida, mexeu com o futebol dos encarnados e podia mesmo ter sido o herói do Benfica. Tem a capacidade de entrar naquele espaço entre o lateral e o central como poucos, soube explorar isso, criou oportunidades de golos e apenas Cech evitou que deixasse a sua marca nestes quartos-de-final.
Aimar/Nélson Oliveira - Boa 2ª parte do argentino, principalmente pela maneira como lutou. Fez a assistência para o 1-1, podia ter apertado mais Meireles na disputa de bola que deu o 2-1 aos londrinos, mas no geral uma exibição positiva; já o português apesar de ter acrescentado outra agressividade no ataque revelou algum individualismo que acabou por ser fatal aos encarnados (desaproveitou uma oportunidade de desmarcar Djaló numa situação onde os encarnados podiam ter aproveitado o desequlibrio dos londrinos).
Real Madrid 5-2 APOEL (C. Ronaldo 26´e 75´, Kaká 37´, Callejon 80´e Di Maria 84´; Manduca 67´e Solari 82´g.p.) - Os merengues não precisaram de grande esforço para confirmar o 3-0 da 1ª mão. Uma partida recheada de golos, espectáculo e com o APOEL Nicósia a sair pela porta grande da Liga dos Campeões, depois de marcar 2 golos no Bernabéu. Cristiano Ronaldo marcou o 8º golo na LC, igualou o seu recorde na prova e está a apenas 1 golo dos 50 em 2011-2012. Contudo, o português ainda está longe de Messi na LC (14-8) e no total dos golos da temporada (CR - 45j/49g; Messi - 49/58). Para além dos números da goleada, destaque para os golaços de Kaká e Di Maria (fez o 1º jogo na LC desde Novembro) e para mais uma "bomba" de Ronaldo. Segue-se o Bayern Munique, numa eliminatória que promete grande espectáculo. Quem é o favorito?
Tal como na partida da Luz, os encarnados entraram à procura do golo que igualava a eliminatória, contudo, sem grandes espaços na área londrina. O Benfica tinha mais posse de bola, estava sobre o meio campo do Chelsea, enquanto que os londrinos procuravam as transições rápidas. Aos 20´, numa investida de Ashley Cole pelo ataque, fez com que Javi Garcia travasse o inglês dentro da grande área. Lampard não desperdiçou e colocou os Blues em vantagem. Logo de seguida, Gaitán teve nos pés uma excelente oportunidade de golo (após erro de David Luiz), mas perdeu tempo de remate/passe (Cardozo estava ao lado, completamente sozinho) e permitiu a intervenção de Ivanovic. Aos 30´ foi John Terry a salvar o Chelsea, após um livre. Cardozo apareceu sozinho na área, rematou, mas o capitão dos londrinos tirou a bola sobre a linha de golo. Depois seguiu-se a expulsão de Maxi Pereira, com o Benfica a ter uma tarefa ainda mais complicada (jogar 50 minutos com menos 1 jogador e ter de marcar 2 golos).
No início do segundo tempo, coube ao Benfica as duas primeiras ocasiões de golo, com Petr Cech a defender com classe um remate de Cardozo e Aimar a rematar à malha lateral. Contudo, na resposta, Ramires podia ter "matado" a eliminatória, após jogada de Kalou (o brasileiro falhou quase em cima da linha de golo). O Chelsea esteve melhor nesta fase, com Torres e Mata com excelentes oportunidades de chegar ao 2º golo para os Blues. Aos 60 minutos, Jorge Jesus colocou Yannick Djaló e Nelson Oliveira, com os encarnados a ganharem novo fulgor ofensivo. O extremo português esteve mesmo em destaque, com 3 excelentes ocasiões para fazer golo, entre duas boas outras chances para o Chelsea (Kalou e Mata). Aos 85´, Javi Garcia aproveitou a passividade de Petr Cech e cabeceou na pequena área para o golo encarnado e, pouco tempo depois, Nélson Oliveira teve nos pés a ocasião de ouro para dar a volta à eliminatória. O avançado português, bem servido por Aimar, optou por um remate disparatado, quando tinha Djaló completamente sozinho no centro da área. Num último "forcing" do Benfica, Aimar cobrou um livre, contudo, a bola chegou aos pés de Raul Meireles, que correu todo o meio campo encarnado e rematou forte para o 2º golo do Chelsea.
Destaques:
Jorge Jesus - Mesmo com as ausências conseguiu montar uma equipa competitiva (Javi e Emerson foram inclusive superiores à dupla de centrais composta por Luisão e Jardel na 1ª mão), depois com a expulsão de Maxi teve o mérito de ter sempre um conjunto equilibrado, acertou igualmente nas substituições, mas hoje o Benfica (apresentou no conjunto das duas mãos um nível futebolístico muito superior aos londrinos) acabou por não ser feliz.
Capdevila - "Secou" por completo Ramires, aliás o Chelsea durante os 90 minutos não fez nenhum ataque pelo seu lado direito.
Chelsea - No futebol nem sempre os melhores vencem, e essa ideia nesta eliminatória ficou mais uma vez comprovada. Os Blues, como referimos anteriormente, apresentam vários jogadores de Top, até podem eliminar o Barça, pois aí as características da eliminatória serão outras, mas neste momento o jogo que apresentam é um autêntico "atentado ao futebol". Pouca velocidade, pouca intensidade, zero de criatividade, e zero em termos de vontade. Lampard é uma nulidade (já o é há ano e meio), hoje Mata, Ramires e Torres pouco acrescentaram e valeu ao conjunto londrino a super-exibição de Petr Cech.
Matic - A melhor exibição desde que está no Benfica. Bem a ocupar os espaços (e jogou praticamente 50 minutos sozinho, já que Aimar estava mais adiantado e Witsel tinha descaído para o lugar de Maxi), forte na recuperação e certo na saída de bola.
Emerson - Uma partida sem um único a erro. A jogar a central do lado esquerdo esteve irrepreensível e ainda tirou um golo a Fernando Torres.
Javi Garcia - Esteve mal no lance do penalti, sentiu algumas dificuldades a defender (naturais pois Kalou depois de Cech foi dos melhores do Chelsea e atacou preferencialmente pelo lado esquerdo ou seja explorando o centro-direita dos encarnados), mas na 2ª parte marcou o golo (na altura o 1-1) e foi uma espécie de voz de comando dos encarnados a empurrar as águias para a frente.
Cardozo/Witsel - O paraguaio à semelhança do jogo da 1ª mão voltou a não ser feliz. Conseguiu ganhar espaço para rematar, voltou a ver um jogador a tirar-lhe um golo que parecia certo (desta vez foi Terry), mas nunca conseguiu juntar o seu nome aos marcadores; por sua vez o belga foi o "sacrificado". Com a expulsão de Maxi passou a jogar a lateral e sentiu muitas dificuldades em soltar o seu futebol.
Y. Djaló - Entrou bem na partida, mexeu com o futebol dos encarnados e podia mesmo ter sido o herói do Benfica. Tem a capacidade de entrar naquele espaço entre o lateral e o central como poucos, soube explorar isso, criou oportunidades de golos e apenas Cech evitou que deixasse a sua marca nestes quartos-de-final.
Aimar/Nélson Oliveira - Boa 2ª parte do argentino, principalmente pela maneira como lutou. Fez a assistência para o 1-1, podia ter apertado mais Meireles na disputa de bola que deu o 2-1 aos londrinos, mas no geral uma exibição positiva; já o português apesar de ter acrescentado outra agressividade no ataque revelou algum individualismo que acabou por ser fatal aos encarnados (desaproveitou uma oportunidade de desmarcar Djaló numa situação onde os encarnados podiam ter aproveitado o desequlibrio dos londrinos).
Real Madrid 5-2 APOEL (C. Ronaldo 26´e 75´, Kaká 37´, Callejon 80´e Di Maria 84´; Manduca 67´e Solari 82´g.p.) - Os merengues não precisaram de grande esforço para confirmar o 3-0 da 1ª mão. Uma partida recheada de golos, espectáculo e com o APOEL Nicósia a sair pela porta grande da Liga dos Campeões, depois de marcar 2 golos no Bernabéu. Cristiano Ronaldo marcou o 8º golo na LC, igualou o seu recorde na prova e está a apenas 1 golo dos 50 em 2011-2012. Contudo, o português ainda está longe de Messi na LC (14-8) e no total dos golos da temporada (CR - 45j/49g; Messi - 49/58). Para além dos números da goleada, destaque para os golaços de Kaká e Di Maria (fez o 1º jogo na LC desde Novembro) e para mais uma "bomba" de Ronaldo. Segue-se o Bayern Munique, numa eliminatória que promete grande espectáculo. Quem é o favorito?