A Assembleia Geral (AG) da Liga aprovou o alargamento do campeonato principal de 16 para 18 participantes, em 2012/13, acrescentando-lhe apenas o primeiro e segundo classificados da Liga Orangina. Os clubes rejeitaram a liguilha, um campeonato a quatro, entre os dois últimos da Liga ZON Sagres e o terceiro e quarto classificados da Liga Orangina, proposta pelo presidente da Liga, Mário Figueiredo, e decidiram-se pelo mecanismo de repescagem, o que significa que, no final desta época, os dois últimos classificados da Liga ZON Sagres não serão despromovidos. VM - Caso a Federação Portuguesa de Futebol e o Conselho Nacional do Desporto não invalidem esta decisão ou melhor esta vergonha, a luta pela permanência, no campeonato principal, terminou. Tudo isto numa Liga que apresenta a luta pelo título mais interessante dos últimos anos e onde 80% dos clubes estão com salários em atraso, parece claro a todos que este alargamento (ainda para mais nestes moldes) vai falsear este campeonato e que inclusive poderá ter uma consequência decisiva na ordem final da liga (é natural que alguns clubes joguem de maneira diferente no que falta para jogar, além de que a motivação dos adeptos em assistir aos jogos vai diminuir, o que forçosamente se vai reflectir nas tesourarias). Qual é a credibilidade desta Liga? Como é se explica esta vergonha? Até que ponto esta decisão (não descer nenhum clube) pode condicionar este campeonato? A verdade desportiva foi mais uma vez afectada? Estará o futebol português (depois do escândalo que se verificou entre 1985 e 2005) condenado a ser gerido eternamente por pessoas que só olham a interesses pessoais? E no que diz respeito ao alargamento, considerando os salários em atraso, os estádios vazios e as politicas de mercado dos clubes: aposta no mercado distrital do Brasil, faz sentido?