Mesmo com um currículo invejável, o italiano tem sido, desde sempre, um dos treinadores mais visados pela imprensa, adeptos e até por parte de políticos - recorde-se Silvio Berlusconi, que escrutinou Ancelotti por adoptar uma táctica demasiado defensiva. No entanto, o técnico que já conta com duas vitórias na Liga dos Campeões (e outra final) ao serviço do AC Milan sempre soube se adaptar às adversidades e reagir a todos os ataques. Prova disso mesmo foi a produção ofensiva que Ancelotti conseguiu criar no Chelsea, que, na época de 2009/2010, se tornou a primeira equipa a ultrapassar os 100 golos na Premier League desde 1962. Nesse ano, fez história ao conseguir conquistar a dobradinha doméstica pela primeira vez no currículo do Chelsea. No início da sua carreira era de facto um treinador ao estilo italiano e dava primazia ao aspecto defensivo mas, como a sua evolução o demonstra, hoje em dia é um técnico mais preocupado com a capacidade criativa da sua equipa. Agora, no milionário Paris Saint Germain, Ancelotti terá novamente de conjugar um conjunto de estrelas e principalmente chegar ao título, algo que o italiano tem conseguido, em parte - neste momento, o PSG lidera a Ligue 1, em igualdade pontual com o Montpellier. Ainda assim, considerando a diferença de orçamentos não está a ser de todo positiva até ao momento a experiência do italiano em França. Como é que se explica que Ancelotti seja neste momento, o 2º mais bem pago do Mundo, à frente de nomes como Sir Alex Ferguson e Arsene Wenger? A sua qualidade justifica o que aufere? A verdade é que na última década poucos venceram tanto como o italiano: Duas Ligas dos Campeões (apenas Mourinho e Guardiola igualam esse feito), Duas Super Taças da Europa, um campeonato do Mundo de clubes, Série A e Premier League.
P. Pinto
P. Pinto