El Maestro. A sua alcunha resume muito do que aqui vai ser dito sobre o treinador uruguaio. Um dos melhores e mais conceituados génios tácticos da actualidade, que não tem essa fama por acaso. Basta ver o trabalho recente de Óscar Tabárez ao serviço da selecção do Uruguai, onde tem surpreendido todo o mundo do futebol. A forma como em Setembro de 2006 conseguiu pegar numa selecção que tinha falhado o apuramento para o Mundial, e fez do Uruguai a equipa mais forte e competente da América do Sul na actualidade, marca a sua carreira, mesmo tendo uma conquista na Taça dos Libertadores ao serviço do Peñarol em 1987. Como estandarte da sua qualidade consideramos a brilhante campanha no Campeonato do Mundo de 2010, onde chegou até às meias-finais, sendo apenas travado pela Holanda num jogo memorável. O experiente técnico de 65 anos conseguiu colocar o Uruguai a praticar um futebol muito disciplinado mas também muito eficaz. E acima de tudo, com resultados para o comprovar. Após esse Mundial memorável, liderou Suárez, Forlán e companhia até à vitória na Copa América de 2011 (já em 2007 na sua 1ª competição como seleccionador tinha conseguido um bom 4º lugar). O seu rigor táctico foi muito visível na prestação defensiva dos uruguaios nessa prova sul-americana, onde apenas consentiram 3 golos durante toda a competição. Como grande galardão individual, Tabárez apresenta os troféus de melhor treinador sul-americano dos anos de 2010 e 2011 e melhor seleccionador do Mundo igualmente em 2011, reconhecimentos completamente merecidos. O melhor seleccionador da actualidade? Mesmo com o sucesso que teve no Penarol e Boca Juniors (desiludiu no AC Milan) é típico treinador com perfil para orientar uma selecção? É justo afirmar que Tabárez fez deste Uruguai a selecção sul-americana mais forte da actualidade à frente de equipas como o Brasil e Argentina?
P. Pinto